Fora da capacidade que me desqualifica para expressar tamanha angustia devido a nossa situação atual, escrevo somente por desencargo de consciência e digo, sim, eu sou normal...pelo esquema escondido lá no fundo do baú...a nossa velha libido perdida por nosso país tão nu...nossa cútis antes rosada...hoje já se faz pálida...por mais uma alvorada nesta terra tão Arida...falo isso ao desamor...a falta de seriedade...a falta de compromisso...nossa falta de liberdade...trago no peito o edema...de se ter por privação...nossa fração tão pequena...de amor pela nação...julgo eu por mim mesmo o falar e o agir...sinto por ti o desprezo...de minha alma assumir...falo hoje ao governo...não só meu mas de todos...a pouco estamos do enterro...funeral de todo povo...minha melhora se esvai...quando me vejo perdido...sem sombra de solução...sem braços pra ser erguido...minha façanha maior...é tornar-me conhecido...entre algumas pessoas...dentro de alguns indivíduos...pagamos nós todos os dias...preço alto de nossa moeda...quanto faríamos nós...se a mesma viesse a queda?...normativa formal e assinada...pela qual se transforma em cilada...nossos dias de vida...nossa vida assassinada...dores me vem ao peito...mas procurar um hospital?...deixo eu doer meu peito...em minha casa passo mal...operários sem valor...movidos pela necessidade...de pagar a prestação ...do aluguel a metade... casa, comida e o resto...nada me sobra do mês...da padaria da esquina...por dever, já não sou mais freguês...me alimento de pão...pão, sim, feito em casa...pois pão de padaria...hoje é uma facada...preconceito eu sinto do alto...me olham como se eu fosse imundo...quando sou eu, eu sei...sou eu que movo o mundo...mundo que agora conhece...minha labuta diária...pelo movimento e investida...de nossa juventude solidaria...