Eu devia respirar amor...
Ser exemplo de fraternidade...
Espalhar esperança para aonde eu for,
Já que sou eternidade.
Eu devia ser um bom irmão...
Do jardim da fraternidade uma flor...
Trazer na mão o cálice do perdão,
Porque só assim verei da luz o esplendor.
Tu que igualmente a mim fala e não pratica,
Não por falta de conhecimento, mas de convicção,
Que a teu irmão tu condenas e criticas,
Não passas de embuste sem amor e emoção.
Se tu o julgas por não ter amor,
E dele te fazes árbitro e o trata sem piedade,
Nada sabe de ti mesmo, nem tua cor,
Maiores que as dele são as nossas necessidades.
Vejo em ti o que realmente sou
E de mim se disserem ouvirei com horror,
Que a vida me dá e que eu nada dou
Uma migalha que seja uma migalha de amor.