Todos os dias, sorrateiro, ele chegava
E, no mais alto muro, logo ia se instalar
Queria dividir a alegria com todos
Era assim que eu me punha a pensar...
E cantando ali ele ficava
Conseguindo a vida da gente alegrar
E fazia com o seu doce canto
A gente acordado sonhar...
Mas um homem sem sensibilidade
Quis um dia sem seu canto ficar
Homem ruim sem nenhuma ilusão
Com um tiro certeiro fez seu canto calar...
Criatura infeliz e sem sensibilidade
Que o belo da vida não sabe admirar
Perde o que há de doce nesse mundo
Que é um canto do sabiá!