Cigano

A noite espreita a rua vazia, envolve com suas teias sorrateiras a lua,

envolta em sedas e rendas.

Lua calada! condenada a vagar sozinha seque seu caminho,

oscilando sua claridade entre nuvens frágeis como vidro.

Embaladas nas promessas que o mundo sopra no vento.

E o tempo, faz galhofa da ousadia dos ciganos e adivinhos,

que tentam ler na lua fria o livro proibido do destino.

Tentam de todas as maneiras mudar a sorte, e a cor dos seus caminhos.

Cristiane Coradi.