Ato de Amor

 
Injustiça fará se for embora assim sem ao menos
Olhar nos meus olhos , me  ouvir , sentir meu coração
Tudo que desejo e  um pouco mais do seu amor
Sendo assim Inicia o caminho de volta

 
Aos  meus braços nus que te procuram
Lábios com lábios,  o desejo involuntário
Do  beijo que cresce em nossas bocas secas
 
Disparate da arte que imito não recria Otelo
Apesar do amor Igual e proporcional ciúme
Mas as labaredas da chama que teima em queimar
Meu coração clamando por ti dispara
 
Não desperdiça a água calma que passa por sua vida
Sutilmente a temperatura do  corpo aumenta
O coração frio,  bate mais forte no peito
Igual a  uma  bateria da  escola de samba
 
Como uma  passista  se contorce  em meus braços
Desobrigo-te de me amar caso  assim  queira
Mas vivenciando e clamando   o desejo do amor
Meu corpo estreme junto ao seu  a cada toque
 
A fidelidade do passado que te assombra
Faz sombra sobre o nosso momento supremo
Não abandona o ato representa a  atriz
Doa-se   ao amor  eterno sem ser uma meretriz
 
Desmancha-se ao prazer da carne,  sorve com volúpia
O amor sem miséria,  a vontade que recebe com   prazer
Nesse momento sem a  pronuncia do coração ou da razão
Com os pés longe do chão, sem horizontal ou vertical
 
O champanhe acomodado no balde de gelado
Soa por nós , aguardando o final do nosso ato de amor
As taças entrelaçadas  ao chão sem quebrar
Refletem o brilho de seu olhar cada vez
 
Que você  sussurrar de prazer