Prefácio

Dezembro de 2005
Noite de Natal...
Juntos todos que se amam
Confraternizando o Nascimento de Jesus ...
Na janela passo a buscar,
A estrela a que fiz meu pedido
Mas não consigo encontrar..
Meu Natal, é puro aflito.
De repente uma pessoa amada
Se levanta e vem em minha direção...
Dizendo algo que me tocou...
"Ela não está aqui...
Mas eu estou..."
Palavras de meu jovem irmão
Que de ver minhas lágrimas
Veio afagar-me...com seu inocente coração
Suas palavras doces ao pé d'ouvido
Tentando me confortar...da dor
D'ela ali não estar.

Pior foi no dia de Natal
Quando do encontro com a mulher amada
Vi que algo se acabava...sem saber o que viria
Ela já não mais sorria
Deixando em meu peito um grande aperto
Beijos não foram trocados...só palavras
Doces, mas sérias...
Foi quando percebi
Que, ela ali, diante de mim
Era a última vez...(mais uma vez)

E foi assim que ela fez...
Com lágrimas em seus lindos olhos verdes...
Disse-me, não de amor...pois isso eu entenderia...
Disse-me de comodismo, de falta de coragem, de covardia...
Que render-se ao meu amor, não podia
Pois ama-me, mas comigo não ficaria

E assim, ao perdê-la para a covardia
Sem entender eu, bem o porque
Se forte sempre achei que ela fosse
Sigo aqui a tentar
Meu coração aliviar
Com essas escritas
Feitas com o coração
Que de dor já não aguenta...
Viver nessa tormenta
De não tê-la ao meu lado.

Perdi o rumo
Perdi a Fé
Eu que era tão devoto
Fervoroso no papel
De contemplar Meu Arcanjo Miguel...
Que hoje não mais está ao meu lado
Não sei o que lhe foi entendido
Se meu único pedido
Era que não me deixasse sofrer
Não fui atendido, me deixaste a dor
Tiraste de mim o meu amor
A razão dos meus dias
Que os olhinhos dela iluminavam
Enchendo-me de paixão
Dando-me coragem para seguir
Onde ela queira ir...

Mas Miguel não me ouviu
Foi com suas asas mais além
Me deixando a dor da perda
Cade você meu doce Arcanjo
Que de mim sempre cuidou
Que fiz a ti...por que me abandonou?
Tinha fé em ti, Principe da Milicia Celeste
Mas um pedido, a que preste...
Não pode, a mim comtemplar
Me fazendo chorar...
E, de ti, pra sempre separar...
Assim como tu me separaste de minha Musa
E de todo amor que tinha...
Foi-se minha Garotinha
Foi-se, de amor, nossa linda historinha

Brilha, onde estiver
Musa eterna de meus poemas
Para que sempre lembre
E não se arrependa...causando-te problemas
Da história (que eu sempre quis ter)
Que, por tua cômoda falta de coragem
Fomos impedidos de viver.