O rebento do meu eu de luz futura
há de se tornar uma dose de cura
no vinho da minha induzida loucura,
que descerá ao poço da amargura,
e emergirá na glória da manhã mais pura
contra a tua involução que traiu minha ternura.
Infidelidade astral, que sangraria menos se fosse carnal,
mas esse desengano transcendental
há de se tornar uma cicatriz banal,
pisoteada no esquecimento da minha lembrança
visualizando um destino real.
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