A cadeira
Um quarto escuro,
Uma casa sem muro,
Um homem sem rumo,
Uma cadeira meu porto seguro...
Sentado,
Calado,
Observando o espaço e o intervalo
Entre minhas dúvidas queixas e as más deixas
Via-me perdido, desprotegido imaginado o que havia ocorrido.
A cadeira minha companheira
Conselheira, psicóloga, amante e silenciosa.
Sempre generosa.
Estava sempre ali
Do mesmo jeito, da mesma maneira.
Só mudava para remover a sujeira
De alguém que trouxe nas suas atitudes muitas besteiras...
José Renato da Silva Júnior