Diante a tristeza me vejo cansada, sufocada, entretanto, preciso sentir essa amargura, não me cabe aceitar palavras de consolo de que o tempo cura. Entendo essa amargura como necessária, para que assim, me sobreponha à dor.
Quanto às palavras doces de consolo, eu agradeço, mas as deixo a quem lhes convém, não sei mais enxergar pelos olhos de quem opina sem ter vivido tamanha dor. Eu realmente fico com a amargura, agora tão necessária, e pode acreditar que vou além.
E você, se não souber entender, vou tentar compreender, talvez estejamos em momentos diferentes. Será que me tornei vitima da minha pena? Ou será que fui vitima daquele que por saber de sua força imposta frente à necessidade do outro esmaga o sorriso, o olhar, a fala e este por consciência amarga de sua necessidade cala-se na própria dor, mais tarde revestida em amargura.
Então me diga: Para esta dor ímpar cravada na alma, existe sabedoria ou revolta? Para esta aflição, não existe tempo, tampouco amadurecimento, engana-se quem assim conforma-se, tamanha amargura só é superada quando vamos até o fim, quando quase que por teima insistente, reforçada na peleja chegamos frente aquele que se fez o transgressor de nossos sonhos, falando nossa fala conforme sua versão, por fim, quando chegamos e dizemos: - Eu Amarguei, suportei tamanha carga, cheguei até a desacreditar de mim.
Agora, quero que você me veja, através de teus ataques aprendi a defesa. Eu sobrevivi !!!!
Por fim, alcanço e me faço forte no teu engano de achar que ainda sou a mesma e agora, justamente agora, percebo minha mudança, estou livre.