Um sonho de Papai Noel

            UM SONHO DE PAPAI NOEL
                                    Autor: Mauro Máximo da Silva – Presidente  da “ALIANDRA”
Tão depressa o tempo passou

 Somente uma saudade ficou
Para encurtar essa distância
Entre os natais de outrora...
Dos quais relembrando agora
Me levam de volta à infância!
 
Eu era um menino carente
Um pouco franzino e doente
Mas sinto enorme saudade
Dos garotos lá da redondeza
Irmãos de sonhos e pobreza
Em busca de igual felicidade!
 
Mesmo sendo pobre eu vivia
Sonhando com o almejado dia
De ganhar esse tal brinquedo...
A minha ansiedade aumentava
E afoito, pelo natal eu esperava
Contando os dias, dedo a dedo!
 
Porém às vésperas de um natal
O meu já, velho pai passou mal
E foi morar com Deus no céu...
Fiquei muito triste e desiludido
Sabendo que eu já havia perdido
Para sempre o meu Papai Noel !
 
E a partir daquele  momento
De  intensa  dor  e  sofrimento
Com  resignação  compreendi
Que  aos  doze  anos  de  idade
Eu  já possuía a tal  felicidade...
Porém  naquele  dia  a  perdi !
  
Pouco  a  pouco fui crescendo
E a cada natal, também vendo
Morrer a minha doce fantasia
Porém descobria aí um segrêdo
Pois pude entender ainda cedo
Que eu já era feliz e não sabia !
 
Com minha ilusão quase morta
Os meus sapatos atrás da porta
Ainda assim continuei a colocar
E com a humildade de pobre
Pedi então ao velhinho nobre
Para este novo sonho realizar!
 
Hoje meus filhos, com certeza
Constituem minha maior riqueza
Foi esse o tal pedido que eu fiz
Meu sonho, realidade se tornou
E além de poeta, agora eu sou
Um Papai Noel também feliz !
 
Aprendi contigo meu velhinho
A  ser  tolerante  e  bonzinho...
Só hoje eu entendo o porquê
Você  legou-me  esta  virtude
Por  isso eu  te peço,  me ajude
A ser um Papai Noel como você !
 
Bom velho, você está presente
Nos meus versos e certamente
Em todos os cantos da cidade
No coração de qualquer criança
Você é o símbolo da esperança
Fantasiando a dura realidade !!!
 


Esta poesia é a própria vida do autor, pois os fatos aqui descritos ocorreram em 10/12/1960 e retratam a realidade de uma época.