EQUAÇÃO

Do  vil  ao  belo,

certa   distância   há.

Talvez  miméticas  verdades

do   até  patogênico   discurso,

a  amealhar  aquele  feliz   que 

superou  seu  ego.

É  o  - caminho  do meio -  uma 

simples   resposta  ao  tédio.  Ou  não ?

Venha  assim  a - roda  do  dharma - 

nos   resgatando  da  vã  matéria

ao   inacabado  temor   pelo    desconhecido.

Provando   que   doar-se   é   quase   tudo,

só   menos  que o  limite   mínimo  vital.

O  - não eu -   é   libertação   ou  é

anulação ?

Seja,   quem   sabe,   o -caminho  óctuplo-

contra  as  causas  do  sofrimento 

e  a  codificação  da  felicidade.   

Mas  f-e-l-i-c-i-d-a-d-e ????

Que  palavra  é  essa,  ao  intuir  de  forma 

reflexa   uma   coisificação  niilista.  Pois  tudo 

tem  o  seu  espelho,  sua  dualidade;

a  inevitável   antítese  !

O    breve   e  a  obscuridade,    impede

parte   da   clarividência  a  ser   absorvida.

Portanto  agora  postulemos   o  todo  possível.

Porque   no  ápice  da  queda,  toda  a  equação   do   ser

é   só   isso:  um  solfejar  entre  lábios  e

a   avidez   por  um   inútil,    último   carinho . . .