A VITRINE DA NOSSA VIDA
Muitas palavras são como ecos que sobem pelas laterais de um fosso existente em nosso íntimo que é sempre mantido e alimentado.
É o lixão aonde estão as mágoas, as frustrações, as decepções, a vergonha de algo feito ou em nós, a culpa, as insatisfações, os vícios, a solidão, os perdões não dados (também a nós) e tantos outros sentimentos.
Mas estes sentimentos não vão ficar lá sem influenciar a nossa vida, o nosso dia a dia, muito pelo contrário.
Nós vamos enchendo ele ao invés de dedicarmos um pouco do nosso tempo para filtrá-lo, mas não, vamos mandando, simplesmente, tudo para lá do jeito que as coisas batem em nós, sem depurar no fim do dia, sem procurar esclarecê-los, sem penerá-los.
A vida é constância e quanto mais leve fossemos, melhor seria para a nossa caminhada, mas caminhamos , muitas vezes, carregando correntes pesadíssimas que não pecisariam serem carregadas.
Em pequenos momentos poderíamos ir filtrando os acontecimentos e, assim como a água que depois de alguns processos volta a ficar cristalina, assim deveriamos fazer antes de "guardarmos" coisas ou para tirar as que já estão lá.
E o pior é que muito do que é jogado neste porão, na sua superação, nos tornaria melhor, avançariamos, e assim não fazendo não evoluimos.
Aquilo que não vencemos passa a ser dono de um naco da nossa vontade.
Decepções são grãos de areia aonde são construídas muitas vidas que viram perolas imperfeitas, amarguradas, sofridas, solitárias.
Não perdoam, não se perdoam, não dão a volta por cima, não chutam o balde e ficam ali empacados.
Quantos não constroem a sua vida em cima de algo que foi mal interpretado, ou por sofrerem alguma decepção se fecham feito a ostra, para não se arriscarem mais e assim se impedem de serem plenamente felizes.
O amor é a redenção e o perdão é inerente a ele, não existe amor sem perdão.
"Amai o próximo como a tí mesmo", então como poderemos amar o próximo se não amarmos a nós por primeiro? Se não nos perdoamos por primeiro como poderemos perdoar aos outros?
"Não é o lugar em que nos encontramos nem as exterioridades que tornam as pessoas felizes; a felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de si mesmo' Roselis v. Sass – www.graal.org.br
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