Minha alma, incompleta, vazia,
Vagava na dor agonizante e branca,
Trazendo em si a incompreensão fria
E em sua tez a expressão franca.
'Meu coração, aprisionado na sombra,
Seus maiores medos diariamente encara,
No entanto, o que mais o assombra,
É perceber a escuridão, assim, tão clara;
Abraça-me com tuas mãos de chocolate
E das dores que atormentam me desate,
Consolando-me até quando eu fizer jus.'
Agradeço esse alívio que me traz
E esse conforto, essa alvura, essa paz,
Nesses teus olhos, negros, de luz.
(poesia dedicada à minha avó Lúcia)