DOR nossa de cada dia

Para aqueles que tanto esperam
tanto pedem
tanto creem
tanto erram
Meu braço estendido, segure minha mão
pra que possamos trocar a dor
nessa energia que virá em circuitos
de mim pra ti e vice-versa
dividamos nosso corte
nosso pão amargo e carne pútrida
é o que nos alimenta hoje ...
E o que nos acaricia? Um chicote sádico?
Minha revolta é a hardcore cujas asas são negras
Peça por mim que eu peço por você
Ninguém quer saber dos nossos arrependimentos
nosso pior engano, somos falhos
somos crédulos e masoquistas
nossa dor é viral e implacável
ela nos tomou e nos violou
e o alcance da nossa visão era curta
Meu coração também sangra
minhas lágrimas também salgam
minha desesperança também beija
Chore por mim que eu choro por você
Hoje o dia ainda será longo, mas amanhã, ainda bem
tudo poderá se anestesiar ... Ou não!