E te deixei ir embora
Há tanto sabíamos não iria voltar
E minha alma mal relembra o outrora
No entanto seu lugar não consegue recordar
E na desorientação ao te perder
Sorri com vindoura esperança
Percebi a que foi construído algo que em mim jamais viria a morrer
Simultaneamente certificando-me que em teus olhos guardava-me como doce lembrança
E sei que és feliz, muito mais que por um triz
Aceito como fato, abnego, porém não renego
E encontrei fórmula para viver, tal qual nunca fiz
Impregnada de fingimento inerente, acredito teu amor novamente não ser o que neste mundo mais quero
E assim paro de contar os dias
Cerrando os olhos pairo no “além”
E não mais comparo felicidades hipócritas com nossas ingênuas alegrias
Não, é imperativa a ignorância sobre a perfeição da qual o passado é refém
E viverei assim para sempre
Um corpo a fluir, um ser a sorrir
E rezarei bem baixinho para que quem saiba, de repente
Não desfaleça no esquecimento a crença aturdida do ressurgimento de ti, não lhe deixei partir