Perdido em Veneza

Ficar perdido
é uma beleza,
se for nas vielas
de Veneza.

Lugar onde nunca
há certeza,
se é por aqui
ou por ali.

É um pouco
como a vida,
ou um amor
de perdição.

Ouvimos o sino
de São Marcos,
enquanto, no Gran Canale,
passam os barcos.

Acelera o coração,
e é estranho parecer
com Dirk Bogard,
em “Morte em Veneza”.

Andamos em círculo,
enquanto a Laguna
vai dourando
com o entardecer.