LÁGRIMA TEIMOSA (Soneto)
(Inverno/2012)
Quando a lágrima vem não disfarçamos
Em nosso rosto cai e embaraça a vista
Por mais que lutamos não há quem resista
Como ser humano frágil choramos.
Vai surgindo aos poucos ou de repente
Externando o nosso vil sentimento
Sentimo-nos fracos nesse momento
Não existe nada que nos acalenta.
Cada gota caída vai lavando a alma
Tatuado com a tristeza que insiste
Em permanecer e roubar a calma.
Muitas vezes a dor ainda persiste
Não encontramos nada que nos acalma
Nosso ser frágil quase não resiste.
(Christiano Nunes)