Vitrine

Ah! nostalgia, de um dia nublado cinzelado de vazio.

Que rouba da tela a cor, de um pintor apaixonado, que pinta enebriado,

as falsas fantasias de arlequins mascarados, que fingem viver em vitrines encantadas

de luzes que mesclam e cintilam longe...

e no seu brilho esconde cores que embriagam de saudades, de paixão

que aquesce o coração, e enche o vazio de cores, que rouba da tela do pintor

o colorido da ilusão, como flores em botão.

Cristiane Coradi.