A Paz

 

Fitei a noite durante o dia

Que bela presunção
Enquanto o amanhecer fingia
Com os pássaros uma bela canção
 
Não  há comum iguaria
Ou sentimento, obsessão
Que se iguale a melodia
Entoada naquele verão
 
Leve brisa  acalorada
E já era de esperar
Uma bela cavalgada
E uma noite ao luar
 
As estrelas pungiam o céu
Tão azul e majestoso
Quanto um molde de papel
Simples, belo e carinhoso
Feito a tinta no pincel
 
Assim torno rigoroso
Todo canto em cordel
Pra dizer-te orgulhoso
Te amo Lua Cheia de mel
Doce puro e saboroso
Com cuidado eu lhe guardo
Me perdendo em devaneios, ditoso
Sábio e pavoroso, momento certo de um agrado
 
Tão simples, maravilhoso
Que não sei mais se aguardo
Pelo dia primoroso
Que em teu leito serei salvo
 
Do pesar monótono de ser
Querendo estar em conjunto como água e mar
Se não a singela homenagem
De como é bom te aguardar