Pasmo





Quando acordo agradeço a Deus,
e passo o dia a fazer, a viver e sonhar...
as vezes com um...
 
Já não consigo mais sentir o vento,
ouvir o canto dos pardais,
sentir o sofrimento do mendigo,
deitado envolto em papeis,
 
E não consigo olhar para o céu,
ouvir as lamúrias do negro,
vítima de gracejos...
 
e já vejo como normal as mulheres maltratadas,
seus filhos maltrapilhos e suspiro...
com um ar interte, estátivo e volúvel, e continuo inerte...
 
A corrupção, algo pueril,
quando alguém é reprimido por um PM,
esse escuta: tantas coisas erradas e o Senhor
me corrigindo por essa pequena...
 
Entretanto minhas lágrimas ocultas,
no pasmo, ao sentir tudo isso,
e as lágrimas banham o terreiro,
como uma dona de casa jogando água na calçada.
Filho da natureza, e passáros nas cidades...
 
Valdinei Adriano