UMA DOCE CANÇÃO.

Raios que riscam o céu,
Trovões que a tudo estremece,
Parecem rasgar o negro véu
A cada relâmpago que acontece.
 
Deve ser lindo visto à distância
Os riscos de luz tão irregulares,
Que desce do céu com violência,
Ferindo a terra ou ferindo mares.
 
Quando a noite se vai e o dia clareia,
A mãe natureza se acalma.
Vê-se então a beleza que nos rodeia,
Fazendo-nos crer, que a terra tem alma.
 
Chão molhado, relva viçosa,
Pássaros saudando a natureza,
Seus trinares, melodia maviosa,
É a vida mostrando sua realeza
 
Flores de tantas cores enfeitam
A terra de nossos ancestrais,
Paisagens diversas que encantam
E quem as vê não esquecem mais.
 
Quando no céu estrelado vagueia,
A lua que é dos namorados,
Se uma viola afinada ponteia,
Logo vem a voz de um trovador apaixonado.
 
Do riacho vem o rumorejo,
Das águas que vem do norte.
Vai ele em direção ao vilarejo
E com a chuva ficou mais forte
 
A chuva fez bem à fauna e a flora
Tantas vidas diferentes que são,
È a natureza viva que aflora,
A majestade da criação.
 
Rasga o negro véu, o raio,
E tamanho é o fragor do trovão.
Não veja o mundo com desvario,
Faça de vida uma doce canção.