Amor Calado

Quem tu és?
Que com mero olhar, conquistou-me
Que uma cega paixão, iludiu-me
Que sem dizer-me uma palavra, dominou-me

Quem tu és?
Para chegar do simplesmente nada
Me dando completamente o tudo

Calado, tu dizias que me amava
Calado, tu provavas da minha boca
Calado, tu viajavas em meu prazer
Calado, tu dominavas meu viver

Com seu olhar único,
Sua solidão e carência aparente
Ensinou a meu ser
O gosto do amor inconseqüente
Ensinou-me o que é parar no tempo
Deixar na face bater o vento
E esperar por um momento
Que só será real no pensamento

Às vezes quero voltar no passado
Para satisfazer meu desejo do presente
Pena que eu não mande nas horas, nos dias ou nos anos
Mas viverei a suplicar a oportunidade
Para dizer-lhe: Eu Te Amo!