Murro do Vazio

Erupções do tempo estilhaçam o vazio
Das consciências cegas de uma era perdida
De existências reprimidas no presente doentio
Abortando a esperança da mentira a ser vencida

Em que o modismo social no corpo sente o frio
Congela a cultura numa época enfraquecida
Pela vertigem da razão, a moral que no desvio
Germina a geração por toda terra enlouquecida

Labaredas de fogo desintegram a estupidez
Pelo cotidiano das almas iluminando o sol escuro
Destinando o ser humano a colorir o seu futuro

Mudando a direção com passos firmes em lucidez
Libertando os corações dos tijolos desse murro
Escorrendo nas artérias um amor de sangue puro