Anos se leva a descobrir a pátria:
a terra onde existir p´ra sempre a salvo,
o barro que há-de modelar a alma,
a língua a ser sabida a ser falada.
E que os rios e serras e que mares
e que cidades grandes ou lugares,
que plantas animais vão habitar
essas paisagens virgens a brotarem.
Porque o amor — uma conquista lenta —
precisa de passado e de presente
quando constrói os elos do futuro;
que a pátria seja em ânsia toda a gente —
de mãos nas mãos e olhos indif´erentes
a quem não queira partilhar o fruto.