Palavras ao ar
Pingadas no papel despedaçado.
As horas não sabem o caminho de casa.
Balançando em seus ponteiros
Logo será Levado à casa dos espelhos.
Rasgado o mapa das escolhas
Pedra por pedra nas ruas de Valência.
A antítese galopa a carroça,
Enquanto Ela aguarda meditando por dentro da madrugada.
Dois, três, seis
Viola, eu – lírico, Stradivarius.
Silêncio soprano,
O coração pulsando.
Sereno em sereno
A melodia soa com a magia dos Κελτοί.
Os segundos de aço
Em espera d’alma vivificar-se na sacada do seu quardo.
Na luz do paraíso d’uma janela escura.
Pela força de mil cavalos nas batidas do beija-flor,
O Semblante em esquecimento,
Com olhos turvados no desconhecido,
A linha de seus batimentos em plano,
E a larga escala dos olhos
Em vista da compreensão.
Uma doce seresta.
Cântico contigo
Pois Cantares melódicos cantarei:
Da sombra da cidade
O vitupério foste calado.
Da Era das Trevas vi a esperança mental
E desde hoje tua luz tira-me do mal.
Pois jornais declaram tua magnificência
E a natureza a presença de Deus.
Não sei como contar-lhe
Porem, desde há muito tempo que sois teu.
Debaixo dos teus pés peço permissão,
Já no olhar sinto-me em plena ascensão,
Porque estou a um passo de tomar tua mão.
Por mais que eu deságüe em Bilbao
Minha herança está em ti.
Não posso contar as estrelas da noite sem ti
Pois são muitas em Madrid.
E é por isso que aguardo aqui posto de pé
A resposta divina de lhe ter por minha mulher.