Estado d’alma que busca a liberdade do pássaro engaiolado;
Que sente o constrangimento do peixe aprisionado;
A melancolia do cão acorrentado...
Alma que grita;
Silenciosamente em recônditos pensamentos;
Que vibram em meio à multidão de iguais...
Tua morada é estranha;
Tua casa é distante;
Alma querida!
Desconhecida de ti mesma...
Oh alma aflita!
Que busca não sabe o quê;
Que sofre por não querer;
Que clama por entender...
Oh mas que vida!
Que tantas almas cativa;
Que tanto nos faz sofrer...
Que pode o Deus nos dizer;
De tanto martírio ser;
Viver sem saber por quê...
Oh pai criador!
De almas que vivem em dor;
Permita que a luz do amor;
Entranhe as trevas da dor;
Faz brilhar o esclarecimento restaurador;
Liberta-nos de nós mesmos!