Eu não sou exato e nem amigo
Não vejo a minha vida, eu não a sinto
Eu sou a luz infinita dos momentos indefinidos
Eu não enxergo nitidamente
Eu pareço um intérprete do medo
Não falo sua língua
Percebo o pouco que há em tudo
Percebo os seios da vida
A vida desnuda
Muda
Surda
Eu amo as flores, teu cheiro inebriante
A morte me invade a todo o instante
Não vejo refletir meus segredos nas águas
Pois os meus segredos são páginas viradas
E voam na imensidão perdidas em festas
Que ao som de orquestras se farta
Na ânsia ardente que me mata
Pela reflexão deste meu mundo
Em apenas alguns segundos.