Homenagem a Gregorio de Mattos Guerra, "Boca do Inferno"
conheço uma mulher pobre criatura,
hoje vive de mentira e falsidade
chafurdou tanto comigo na lama
mas hoje se finge de santa e pura.
Em viagem,nos perdemos, que loucura
depois dormiu comigo no meu sofa e cama
pelas escadas do predio, porneía !!!
fornicação era o nosso prato do dia
mas hoje, se finge de santa e pura
finge que esqueceu, que andou na lama
pobre perdida, acredita que a todos enganou
pensa que por fingir-se de santa,e inocente
vai enganar tambem ao bom criador
que a tudo viu, e nao estava ausente
hoje, nao é a sombra do que foi.
pensa que é gente, coitada
nao passa de femea do boi
anda agora com um jumentinho insolente
que acredita, o coitado, piamente
por ser novo e demente
que ela é pura casta e inocente
mas hoje, virgem maria da cristandade
que se cuide, porque perdeu pra ela
em pureza, zelo,inocencia e castidade
desculpem estar eu expondo esta dor
poderia eu ter ficado quieto no meu canto
mas, neste mundo uns nasceram pra santo, eu pecador
e pra quem tanto no passado,derramei meu pranto
me ficou a mais triste lembrança do acontecido
apesar de me sentir a alma mais suja e imunda
de sair desta historia profundamente ferido
tenho agora a certeza, que amei uma vagabunda.