Adormecida

Abraças-te a ti mesma,
No calor humano
De quem dorme sem ninguém.
 
Encurvada de beiços nos joelhos
Como a criança que ainda não nasceu,
respiras sonhos longe do real.
 
Fazes gestos amorosos,
E murmuras as fantasias,
que os teus lábios deixam adivinhar.
 
Estendo-me ao teu lado, sem te acordar.
Abraço-te,
beijo-te ao de leve,
E levas-me contigo num sonho a dois.