A Amélia ficou velha,
Viúva e cheia de rugas.
Perdeu sua juventude calada.
Aceitou o que fora lhe dado como felicidade.
Decidiram que não precisava da vaidade.
Foi aprisionada,
Cerceada das suas escolhas,
Não teve escolha.
Passou seus dias sem nenhuma ambição.
Aceitou o padrão, e viu sua vida passar...
Não ousou sonhar.
Amélia eterna,
Prisioneira,
Companheira.
Nem mesmo percebeu a luz,
Sempre na caverna...
Descrente de sua sorte,
Espera a morte...
Que lhe conforte.
Gizelle Amorim.