Caminhas pela escuridão, pé ante pé
Engolido pelas brumas, rodeado por fantasmas
Embrenhado, no mato, acariciando o tojo …
O Ranger passou cumprindo o silêncio da noite
Apesar das adversidades, a legação assim lho ditou!
Progredia o soldado no seu camuflado
Evitando o contacto, procurando máscaras
Ocultando a sua presença do inimigo
Palpitando o coração … apurando a visão
Sentia o metal gelado da espingarda
Que lhe torturava a alma!
Ofegava de emoção, sentido a pulsação
Num turbilhão de paixão que o perseguia
Nunca perdendo o rumo … evitando a morte!
Tendo como intenção: chegar; cumprir e vencer …
a perdição da desilusão, cumprindo a missão!
Norteada pela ação demoníaca do momento
Sem emoção ou medos da senhora da noite
Cuspiu rasgos de fogo latejantes
Arma fria que aqueceu e a alma enrijeceu
Gritos cortaram a noite num sofrimento atroz
Tudo acabou enfim … no silêncio
João Salvador – 26/08/2011