Desisti desse sonho...

Fui ao centro da terra que existe em meu ser delirante.
Num rompante deixei-me explorar cada veia!
Vi que a teia de vasos brilhava em degradê.
Cada por que fui deixando para o ontem perdido...
Surpreendido com meu sangue misturado a letras,
Vi borboletas de células que assinalavam
Textos que se formavam em neurônios abusados,
Deixados à própria sorte, num ritual de morte ao enfado
Causado por cada fonema usado em tema massante.
Fui grimpante dependurar-me em forte fibra muscular
Permiti-me descansar embalado pela bomba de cárdio;
Em reflexo de sárdio bronquial, meus olhos feri.
Nem percebi meu despertar, e, de sonhar, resolvi desistir...

Ronaldo Rhusso