A noite caminha alta
Na cidade deserta,
com suas ruas espessas,
Alagadas de recordações!
A lua de prata celeste
Ilumina em cheio os túmulos
Da cidade interiorina
Escondida no mundo!
No semblante noturno
Divagam pensamentos,
Estremecendo a fronte
Bizarras maledicências!
Vagueiam, sorrateiramente, sombras
Com seus tentáculos
Sem rumo, sem tempo,
conquistando o silêncio morto!
Espreitando as ruas, os fantasmas
De um outrora passado,
Com cândida ternura
Abraçam-se e brincam felizes...