Não se vê a olho nu
verdades empíricas
ou mentiras satíricas
com os olhos da alma
encantada pela paixão
Vê-se sim, entretanto,
verdades satíricas
e mentiras empíricas
encobertas no fluorescente manto
da ilusão
Alma pobre de fé e não de luz
nem a lógica lhe traduz
as nuances da parceria
que desmente o presságio
daquilo que um dia
poderia se chamar de amor
De amor só poderia
se chamar o que um dia
a paixão extravasar,
a ilusão atropelar
e fazer a alma em encanto
amar sem dor