Não tem mais alegria no olhar
Como um animal assustado
Agride... tem medo até do ar
A magreza verga seus ombros esquálidos
O desconforto deixa a alma exaurida
É visível sua fuga da realidade
Em cada dose de droga absorvida
Esconde e desfigura sua virtude
Na ilusão e fantasia se apega
Consumindo-se na autoflagelação
Em delírio e desatino a vida renega
Despresa-se é infeliz nessa escravidão
Digno de pena, pois até a alma entrega
Nas redes e labirintos da cruel drogatização!