LANHO OBSESSIVO

 

 

Obsessivo   lanho   de  corte   sem  cuidados:  dor  que  não  morre  só

Mas   pra   isso  me  prove  o  que   ousas;   se  vale   o   que    retalhas 

Por  muito  que  me pese,  por  muito  que  me  doa, extrai  o  que  fere

E  de  resto,  tengencia  maus  tratos,  modulando  essa  exausta  divisão

 

Se  não  te  importas  !  Ficas   ou  não   ficas,  percebendo   tolo   ocaso ?

Num  contexto  de   insurgentes  lacerações    desavisadas  e   necrosadas

Que  se  dispõem  em   nada,  saindo  a   procura   daquelas   justificativas

Que  resumem-se   a  matéria   dissoluta;  coabitação  de  atitudes  malsãs

 

Nesse   crepúsculo    sem   desatar  desejos,   apenas    revolves    medos

Que   sucumbem   resignados,  diante   desse   olhar  que   vai   baixando

Cúmplice  que  é    em  desmandos  e  algozes    intenções  da   tua  fúria

A  implementar  estocadas  em  corpo de  plena  carne  exposta;  indefesa

 

Estremeces   diante  do   peso   dessa  aljava,  repleta   de   mortais   setas

Que as lança  envenenadas e o veneno de  residual impacto respinga  em ti

Martirizando   te  e  te  destruindo  enquanto  duras;  saberás  ir-te  assim ?

Oh !  Consumação  de   quem   consome;   ventre  entreaberto   abrindo-se