OS CUIDADOS DA VIDA
Cuidado com os prazeres da vida
Cuidado com as tuas contradições
Cuidado com o que você nunca diz
E mais do que nunca com o que diz
Cuidado com os lugares aonde ir
Alerte-se com os teus sentimentos
Cuidado com as histórias maldosas
Cuidado com as mazelas jocosas
Cuidado com os perigos da lida
Atente aos que muito te elogiam
Ignore todo mal que te atingiu
Pressinta no coração todo ardil
Alegre-se com sorrisos francos
Atinja o ponto fraco na mosca
Acalente no peito o amor sutil
Não vacile às moças do peitoril
Atente aos desejos despertados
Olhe nos olhos de quem te fala
Só chora no peito de quem ama
Se cantar que seja até na praça
Pense na luz na hora vã e incerta
Agradeça dos tormentos o alivio
Não devaneie em falsas crenças
Atente àquele que só te entorpece
Descanse o corpo no berço justo
Sabedor que no dia a paz plantou
Sabendo que o amanhã feliz será
Com a ratificação da tua convicção
Nada espere de quem nada te dá
Não espere de quem diz tudo ter
Não caminhe a quem não te espera
Não agradeça a quem nada te fez
Não sorria para quem só mente
Não acalente víboras noite e dia
Não deixe se aproximar os cães
Se nada sabes procure em tempo
Não alimente frívolas futilidades
Não acorrente quem não te ama
Deixe livre os que te querem bem
Não mantenha quem melhor é ir
Não se esqueça de onde viestes
Melhore os passos na caminhada
Alinhe a fronte e encare de frente
E olhe no horizonte o teu poente
Ele sempre estará lá a te esperar
A forma como irás é de teu tino
Não deixe para matar toda sede
Quando tanta água já não houver
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"O idioma tem de ser o poder e a espada do ser humano, para beneficiar e proteger a harmonia, mas não para espalhar sofrimento e discórdia. Abdruschin em Na luz da Verdade - graal.org.br