Bart Simpson

Em algum momento
algo te fez assumir
essa pirraça, essa marra
essa ousadia inconsequente...
Menino carente de várias coisas,
que não se sentia gente!
Você parou e refletiu
pra onde estava indo tua vida
Fez tolices,contou mentiras,
dissimulou, se justificou pra família
se justificou pra lei
chafurdou na lama!
Descobriu que a criminalidade
compreendeu que a rebeldia
não te levaria a nada
Nem essa audácia e fanfarra
de sair pra beber, pra se drogar
transar e brigar
Aí, Bart Simpson,
mais um renegado pela sociedade,
voltou pra escola!
A princípio,
eu não queria me envolver!
Diante de ti, eu nem sabia
o que ser ou falar,
como então te amar?
Veja bem o que um rapaz,
vivido, desajustado, me faria
O que eu poderia ensinar
se sou crescida com a cara nos livros
e você, homem-menino,
no teu universo alfabético iletrado
mas de intenso viver
Eu de intensa falácia pedagógica
também tive que me reverter,
me pirraçar, me subverter,
me Bartizar
pra poder estar ao seu lado,
sem cabresto ou vara
pra poder orientar tive que me reconstruir,
te aceitar, mesmo quando não dá pra ensinar,
saiba:
- os conservadores só faltam cuspir na minha cara! -

e eu não me arrependo de absolutamente nada!