RASTO

                                                                                 Procuro no meu rasto
O que a minha memória desbotou
E das marcas circunscritas dos meus passosRestam pedaços que o tempo não levou.

Peço-lhes que me falem de mimSem qualquer pudor ou cuidadoDesbravando do principio ao fimCada pedacinho por mais fragmentado

E contam-me de passos firmes e incertosTropeços, espinhos, travessias, desertosque se vistos apenas à luz da razão...

Ter-se-iam perdido como palha ao vento

Deles não sobraria nenhum fragmento
Para contar porque piso o Teu precioso chão…