Mon amour

 
Falar contigo, amor
Me faz esquecer da pasta no dente
Lembrando do lobo de estepe qualquer
Me faz me perder nos teus lábios singelos
Me faz merecer os teus beijos e belos
Abraços internos de vindas tão boas
De viagens passadas vividas à toa.
 
Me faz um chamego, amor
Me faz consumir toda  dor e afago
Me faz engolir o cigarro entalado
No meio da cama e lençóis que deixaste por cima
Me faz um poeta sem versos e rimas
Sem ter o que dizer
 
Me faz saltitar sem ter pé nem porquê
Me faz te querer, te envolver e esquecer
a saudade da brisa do amanhecer.
Me faz retomar nos teus braços e ter
alegria maior de viver com você do meu lado...
 
Sorria comigo, amor
Me mostra teus dentes em atos tão puros
Me esconda por trás dos teus cachos escuros
E depois me abraça com o tempo parado
Me faz cafuné na beira do lago.
Me propõe um chamado de pele e cor
 
Mas não vá embora, amor.
Me faz prisioneiro de prisão perpétua
Me perpetua como eterno amante
Me envolve nua com o teu semblante.
Mas não vá embora, amor...
Por favor, não vá.