Quando ao calor da madrugada
Desatina na mais profunda
E sobre ele calam-se de repente
Eis que surge o tenebroso e tão risonho
Sentimento.
E se sentires vibrar por dentro e
Ao mesmo tempo estático
Sem que percebas
Nada pode ser além dele.
Nem ao menos uma ação
É precisa para ele
Pois sem que haja a matéria
Estará sempre intenso.
E sem dizeres, sem pensar
Surge ele e insurge
Mesmo no sofrimento
Ele se faz presente.
E se tentarem o detê-lo
Ou até enegrecê-lo
Na mais sensata das dores
Ou nas horas em que esteja
Estará lá dentro
Puro e ingênuo.
16 de dezembro de 2006