Vamos começar andando
Um dia de cada vez
Para depois conquistarmos
Um sorriso de cada infeliz
Vamos estrear ruas sozinhas
Levando um pouco de lágrimas nos olhos ao vento
E o frio que cobre nossos pés
Será motivo de buscar sempre o desconhecido
Vamos entregar na bandeja o nosso sentimento
De alegria por estar em meio a um mundo
Que não importa com a nossa existência
Que nem sequer sabe da nossa presença
Vamos caminhar espelhando diferença
Nos olhos da santa indiferença
Nessas ruas moídas por curvas
Solitárias como nós mesmos
Vamos atingir o topo e edificar ali
Um chamado sem nome ao vento
Convidando as estrelas a ocuparem
Os lugares dos que rejeitarem nossa oferta gratuita
Vamos caminhar todos juntos na cidade escura
Chutando as folhas das árvores caídas no chão
Sem se preocupar com o medo de todos
Sem se curvar ao medo de um dia sermos vistos...