LIBERDADE Ó LIBERDADE !

 
Tenho dó do passarinho
Que não pode fazer seu ninho
No galho da laranjeira
 
Da sua gaiola enfeitada
Canta triste sua vida desgraçada
A pobre ave prisioneira
 
Não haverá no céu um severo tribunal,
Pra julgar o animal racional
Por tratar um indefeso desta maneira?
 
Pobre ave que canta desolada
A sua liberdade cerceada
Sem direito a outra sorte mesmo que queira.
 
Creio que ela deva cantar assim:
Liberdade ó liberdade! Por que tardas sobre mim,
Preferível à má sorte é ter a morte por fim.