NOM DESIDERATO ELEGIA

Das  mãos  corpo  resvalado,  pele da pele

O  acusador silêncio  ferindo  sem  saber

Olhando  sem   ver,  restringindo-me

As  consequências disso  me sangram  só

No  absurdo  desamparo  que me liga    a   perda

Em  patamar  onde a memória apenas testemunha

Menos revelações, nenhuma  absolvição . . . piedade alguma

Sendo  assim,  choraremos isolados o  rescaldo

Desse amor sem porto,  de morte inesperada

De que cada lado, reste essa fímbria fugidia

De luz inconsistente, que se apaga

Nesse apogeu  de anulações desnecessárias

E  réquiens  de outros desencontros  somados

Onde por toda parte há o  sinal  de dobre

Além  de razões,  que por mais profundas não  explicam

Braços e abraços vazios . . . que sem novos carinhos

Sem renacimentos,  sem  um  único  perdão

Não  podem  deixar de me reduzir a cinzas . . .