Vida breve, vida que se vai...
Seguimos em frente, sem saber de nada!
A cara abatida, sonhos perdidos!
Um estímulo: viva a rapaziada!
Nunca iremos de novo renascer...
Nunca iremos de novo nos encontrar!
Mais que sonhos perdidos e aflitos
A vida nos leva a parar e pensar!
Um aviso divino me disse: você irá!
Mas a vida continua, alcançando o sol...
Distante das estrelas mas com o brilho delas!
E nem vejo o tempo passar! Me sinto mais velho que um atol!
Nossas virtudes... nossas experiências.. pra que servem?
Se nem ao menos as aplicamos nas coisas simples? Na vida em geral?
Quisera eu estar bem próximo da amada... ao lado...
Me sentir possuído, amado... E no entanto me vejo como um ser banal!
Penso que perdi o cheiro que tem os homens quando trabalham!
Penso que perdi a vida buscando fronteiras que hoje estão lacradas!
Penso em tudo como uma fotografia inerte... Sem sequer um movimento!
Penso na vida... compasso, repasso e coração... E em todas as portas fechadas!
Seguindo o compasso da vida, me vi um dia perdido, acoado...
Estava à beira do colapso! Sentido, magoado, e sem compreender!
Mas nas reviravoltas que a vida nos sacode, me vi libertado...
E um novo aviso divino ecoou: serás capaz de ver e entender?
Compreendi, apesar de não entender... Que a vida passa...
Que os sonhos se vão... que realizamos muitos deles... e um dia perdem a graça!
Mas enfim estou vivo! E a vida segue... E a vida se vai... E a vida esvoaça!
Pena que esse vôo não nos leva à amada... E nem a quem mesmo nos ama!