Há entre mim e o Ano Novo
Um poema fatigado.
E absorto.
Mas entre um cansaço e outro,
Um verso se me desdobra,
Num contraverso sem sono.
É que entre mim e o Ano Novo
Há um poema apaixonado...
De força e essência que o abro
No mais completo abandono.
E entre mim e esse alvoroço
Do Universo, no meu rosto,
Do meu rosto, no Universo,
Transbordo.
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