Ás poetisas

Às poetisas
 
 
Em face do tempo fosse eu
Um poeta de versos ternos,
Comuns porem, no apogeu,
Que ao teu gosto fossem eternos.
 
Inspirado num sonho antigo,
Vislumbro uma frase de efeito,
No vértice do poema faz abrigo
E a escrevo dentro do peito.
 
Na mansidão da noite enluarada
Lá, minha poetisa se concentra,
Ao romper a cintilante madrugada,
Seu verso abre minha porta e entra.
 
Não há tempo que nos fará esquecer
De cada verso que o coração fantasiou.
Há saudade um dia vai se estabelecer,
Lembrado que a poesia nos aproximou.