codifico o que veem os olhos
na leitura única de meu universo
sensações, emoções, tão minhas
conferindo à figura visada
nuances imperceptíveis a outros
povoadas apenas no meu íntimo
assim as tonalidades visíveis
assumem derivadas cores
em devaneios próprios
talvez seja o mistério
de iguais diferentes
no padrão dos costumes
o belo pode estar no feio
a felicidade no triste
e na tela alva o arco íris...
* texto premiado no 1° concurso literário do site Mar de Letras, a ser publicado pela editora Sapere em julho/2011