Em meio a toda escuridão um corpo flutuante

Em meio a toda escuridão um corpo flutuante

Ía em roupas de um cor pálida vaporosas.

Nas nuvens buscava as pérolas mais brilhantes

Remexia as águas porém sempre silenciosas.

 

No céu viu o próprio reflexo por um instante

As lembranças, feito as águas, viam vagarosas...

No fundo das águas estrelas fulgurantes

No espelho d´água lágrimas iam preguiçosas.

 

Brilhavam no céu os mais límpidos cristais

Como saudando quem torna ao mar de pureza...

Quem torna aos braços  de suas irmãs imortais.

 

No fim todas as coisas serão águas passadas

O barro, por fim, sempre volta às profundezas.

Pura, a água correrá sobre onde não há mais nada.

 

-Adolfo J. de Lima