As noites da minha terra são cheias de carícias,
Da luz do luar, da tulipa azul do meu sonho desperto,
Curvadas sobre minha cabeça, estão às estrelas amorosas,
Aqui eu existo. E a vida tem cheiro e cores por certo.
Meu primeiro amparo, ninho de carinho, horas felizes,
Toda inocência das saudosas manhãs de outrora,
Tomba sobre mim as bênçãos que redime e perdoa,
Dando-me alivio sobre as cicatrizes que trago agora.
Portas do céu, que para mim se abrem par em par,
Tudo me aquieta, o inverno com seus pássaros a chorar,
O inelutável tempo que tudo esmaga com seus passos largos,
Vem como flores na minha alma renascer, sem olvidar.
Mas, nesta noite, olhando o teu céu tão coberto de astros,
Sentindo-me criança novamente, sustém-me, faze-me nova flor,
Oh!Bem amada terra, no amanhecer sorrirei com mais vida,
E neste jardim de gente querida, de joelhos agora me vou por.
COQUEIRO DO PARAGUASSÚ.
27//06///2010.
DOCE VAL.